Ganhando performance com Apollo APQ — Automatic Persisted Queries

Como melhorar a performance de aplicações que utilizam GraphQL enviando requests menores. #

Uma das maiores reclamações que temos sobre o GraphQL é com o tamanho das requests que são enviadas a todo momento para o servidor. Algumas queries podem ser realmente grandes, e ficar enviando em toda request pode ser um pouco custoso. Para isso, o Apollo Server teve uma solução bem legal que são as Automatic Persisted Queries.

Temos um exemplo de uma query relativamente pequena: #

query vehicles($page: Int) {
vehicles(page: $page) {
name
model
crew
vehicle_class
manufacturer
length
cost_in_credits
passengers
max_atmosphering_speed
cargo_capacity
pilots {
name
height
hair_color
mass
skin_color
created
edited
gender
eye_color
birth_year
}
}
}

Usando Automatic Persisted Queries, podemos transformar a nossa query em uma hash antes de enviar, reduzindo assim drasticamente o tamanho da request.O corpo da request em json ficaria mais ou menos assim:

{
"operationName":"vehicles",
"variables":{"page":1},
"extensions": {
"persistedQuery": {
"version":1,
"sha256Hash":"fc2fb9c15545c9894983d8992918a8804c0ead52e5ec76475499d560a7c220f5"
}
}
}

Configuração #

O Apollo Server suporta as automatic persisted queries sem nenhuma configuração adicional.Só vamos precisar de algum cache configurado para tudo funcionar legal.

Configurando cache com Redis #

Para uma configuração simples de cache utilizando o redis, podemos instalar a dependência apollo-server-cache-redis. Depois de instalado, basta configurarmos o cache como no exemplo. Temos outros tipos de configurações de cache que podem ser encontrados no link abaixo.

https://www.apollographql.com/docs/apollo-server/performance/apq/#cache-configuration

const { ApolloServer } = require('apollo-server');
const typeDefs = require('./src/graphql/schemas/types')
const resolvers = require('./src/graphql/resolvers')
const { RedisCache } = require('apollo-server-cache-redis');
const dataSources = require('./src/graphql/datasources')
const server = new ApolloServer({
typeDefs,
resolvers,
dataSources,
cacheControl: { defaultMaxAge: 5 }, cache: new RedisCache({
port : 6379,
host : '127.0.0.1',
connectTimeout: 10000
}), tracing: true
});
server.listen().then(({ url }) => {
console.log(`🚀 Server ready at ${url} with redis cache`);
});

Apollo Client #

Para configurar as APQ no Apollo Client, vamos precisar instalar um link chamado apollo-link-persisted-queries.

npm install apollo-link-persisted-queries

Depois de instalado, basta adicionar o link na configuração do seu ApolloClient antes do seu link de HTTP. E temos persisted queries funcionando.

Uma opção bem legal é o useGETForHashedQueries, ativando essa flag, faremos com que todas as queries que já foram persistidas possam ser feitas usando o método GET ao invés do POST como de padrão.

Usando GET nas queries podemos usar uma CDN futuramente para servir nossas queries.

Veja: Usando requisiões GET com APQ em uma CDN

import { ApolloClient, InMemoryCache } from '@apollo/client';
import { ApolloLink } from "apollo-link";
import { createHttpLink } from "apollo-link-http";
import { createPersistedQueryLink } from "apollo-link-persisted-queries";
const link = ApolloLink.from([
createPersistedQueryLink({ useGETForHashedQueries: true }),
createHttpLink({ uri: 'http://localhost:4000/graphql' })
]);
const client = new ApolloClient({
link,
cache: new InMemoryCache()
});
export default client

Como tudo isso funciona? Uma imagem que explica bem como tudo isso funciona está na própria documentação do Apollo Server.

Ilustração Como funciona Apollo APQ — Automatic persisted queries.

https://www.apollographql.com/docs/apollo-server/performance/apq/

  • O Apollo Client tenta usar uma hash que representa a query;
  • Se ela existir dentro do cache, ela é passada para o Apollo Server e retorna o resultado para o client;
  • Caso ela não exista, ela retornará um erro avisando que a query não foi persistida;
  • O Apollo Client então envia a query completa com a hash, e o Apollo Server persiste no cache para uma próxima request.

Com poucas configurações, podemos ter APQ funcionando e reduzir significativamente o tamanho das requests com graphql. Isso é muito útil principalmente para aplicações mobile, onde você deve economizar bastante o uso de dados do usuário.

Para mais detalhes você pode dar uma olhada na própria documentação do Apollo Server sobre APQ.